Abertura

A motivação em criar este blog é propiciar um espaço para debater, analisar, registrar fatos e acontecimentos de modo mais ágil, na crista da onda, como se diz, com liberdade, vigilância para não incorrer em formas desabonadoras de nenhum tipo com relação a quem quer que seja. Todos têm direito assegurado, de livre expressão, mas sem ferir nossa constituição.

Um fato lamentável pude ler hoje, nos jornais, sobre uma briga corpo a corpo entre o candidato João Corrêia, do PMDB, professor de Economia da Universidade Federal e um jornalista da TV 5 durante programa de entrevista. Minha opinião é que o Tribunal Eleitoral deva punir a emissora e o jornalista pelo fato de convidar um candidato ao Senado da República para provocá-lo, com ataques a sua honra. Se ele tem culpa no Cartório, caberia ao Tribunal impugnar sua candidatura e, se isso não aconteceu, o jornalista colocou sob suspeita o proprio Tribunal. Normalmente sou muito fria com relação às campanhas eleitorais porque sei que noventa por cento de tudo que se vê é movido a uma paixão desenfreada, como uma corrida de cavalos no Jóquei Clube. Mas quem está dentro está a todo vapor e por isso é possível perder a noção de realidade, muito facilmente,  e, até mesmo partir para as vias dos fatos ou apelar para palavras e atitudes que ferem o texto constitucional. Vi, ontem, de passagem, num blog kibe alguma coisa, um vídeo mostrando Lula se referindo a um rapaz como "aquele pretinho", verei o vídeo inteiro hoje, para comentar e citar, devidamene, a fonte.
Um fato inquietante foi o pedido de demissão do Artur Leite, secretário municipal de meio ambiente, em plena crise ecológica. Apesar de ele dizer que foi motivado por questões pessoais e que vai atuar nas organizações não governamentais podemos imaginar que seus limites foram ultrapassados por uma gestão que deve estar atropelando dispositivos de proteção ambiental em função de favores políticos. Estamos vivendo um período de mandonismo extremado, quando a quase loucura pela permanencia no poder está levando pessoas a sair do prumo. Desde a Carta Magna inglesa de dez séculos atrás que a idéia da soberania estar na lei e não em nenhuma pessoa, seja monarca ou presidente, tem sido o viés por onde se construiu e consolidou a era contemporânea. Mas existem zonas ainda nas sombras, como certos países do Oriente Médio e regiões atrasadas, como o Acre.